segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DIA DE CHUVA...


Em dias de chuva ninguém sabe muito bem o que fazer... alguns se queixam, outros ficam de mau humor, e por aí vai.
Mas sempre é bom ter uma pausa em dias de chuva para aproveitar e ler um bom livro... ficar de preguiçinha... ver um bom filme... hummm
Mas não vale cair em tentação exagerando na pipoca, no bolinho de chuva, chocolate... e etc.
Hoje foi dia de desgrudar correndo da cama e ir pra academia antes que aquela lesera me pegasse e me tirasse a vontade de malhar.
Bem vontade realmente é algo que não tenho muito em relação a malhar, mas a consciência de que preciso muito mais do que quero... é o que me faz prosseguir.
É difícil mas não dá para desistir, hoje completei 13 dias... amanha fecham 2 semanas.
Desta vez nada de pesar, nada de ficar histérica com o que comer ou não... é claro que diminui as quantidades e cortei as besteiras, mas não vou ficar maluca... será em doses homeopáticas... uma hora por dia mas sem falhar nenhum dia... já é um progresso e tanto para quem queria hoje ficar... curtindo o barulhinho da chuva e ficar grudada na cama, com essa chuvinha lá fora... hummm adoroooo
Gosto muito de chuva... embora aqui a gente vive com medo de enchente.. se chove de mais, ficamos apreensivos! Mesmo assim adoro chuva e principalmente aquele arzinho renovado que toma conta de tudo depois que ela se vai.
É muito bom... bom mesmo!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FELIZ POR NADA

Simplesmente achei muito bom este textooo... eu adoro a Martha Medeiros... então por isso reproduzo aqui...
Feliz por nada

Martha Medeiros



Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção,

ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo.

Há sempre um porquê.

Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem

e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas.

Muito melhor é ser feliz por nada.
Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável.

Feliz por estar com as dívidas pagas.

Feliz porque alguém o elogiou.

Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses.

Feliz porque você não magoou ninguém hoje.

Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca.

Essa tal de felicidade inferniza. "Faça isso, faça aquilo". A troco?

Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias

e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros.

Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também.

Estando triste, felicíssimo igual.

Porque felicidade é calma. Consciência.

É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto,

é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?

Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz.

Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.

Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento.

De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.

Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição.

Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
A vida não é um questionário de Proust.

Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria.

Que mania de se autoconhecer.

Chega de se autoconhecer.

Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja isso.