sábado, 9 de agosto de 2008

MEU HERÓI MEU BANDIDO...


Nada traduz a imensa saudade que tenho de ti Meu Pai... demorei pra entender que vc era um cara com virtudes e defeitos também.
Por isso hoje deixo essa mensagem que traduz um pouco do que eu gostaria de te dizer...
Uma homenagem a todos os pais deste mundo!

TEXTO EM DESTAQUE ESTA SEMANA NA MINHA AGENDA ATITUDE


Ele parece um gigante. Ou será apenas uma impressão, já que somos tão minúsculos diante dele? Não, não é impressão, ele é sim um gigante! É forte, mesmo quando magro. É sério, mesmo quando brinca. E sabe muito. Tem todas as respostas. Conhece todos os truques. Sabe onde a gente deve sentar no estádio para evitar o tumulto de torcedores. Sabe que rua a gente deve pegar para evitar congestionamento. Sabe como consertar o computador. Sabe exatamente quando vai chover. Nunca tem dor de dente. Nunca tem febre. Nunca mentiu. Nunca deixou faltar nada em casa.

Por quanto tempo dura esse delírio? A infância toda. Nossas primeiras e mais fortes emoções foram provocadas por ele. A primeira sensação de respeito foi por ele. O primeiro medo foi dele também. Não podemos decepcioná-lo. Ele faz tudo certo. Não permite que façamos de outro jeito. Mesmo que não sejamos mais do que meras crianças, ele exige de nós o melhor que temos a dar. Ele não se contenta com pouco. Ele é o parâmetro. Ele é o cara. Nosso orgulho, nossa segurança. Nosso.

E então o tempo passa e começamos a aprender que não somos sua imagem e semelhança, já que, ao contrário dele, nós erramos à beça. Nós pedimos cola para conseguir passar de ano. Nós fumamos escondido. Nós pegamos o carro antes de ter carteira. Nós brigamos com nosso irmão. Nós desejamos a namorada do próximo. Nós ultrapassamos o limite de velocidade. Nós somos adolescentes. E um dia surge a desconfiança: será que ele também erra? Essa não. De herói a bandido. Ele, que não quer mais abrir a carteira pra nós. Ele, que todo dia dá sermão. Ele, que faz a mãe chorar. Ele, que implica com todos os nossos amigos. Ele, que reclama do nosso cabelo. Ele, que foi demitido. Ele, que andou bebendo demais. Ele, que teve que ir ao médico. Ele, que não é diferente de ninguém.

Duríssima travessia esta, a que chamamos de “cair na real”. A gente cresce e o gigante se apequena, e passamos todos a ter o mesmo tamanho. Difícil pra ele, mais difícil pra nós.

Como não nos sentirmos traídos? Como ele permitiu que nossas ilusões fossem ralo abaixo? Até que vem a maturidade e, com ela, os papéis se definem, as proporções ganham sentido e clareza. Ninguém é herói, ninguém é bandido. Ele é um homem. Se as mães são tratadas como rainhas do lar para sempre, ele, ao contrário, ganha em humanidade.

Ele se adapta ao nosso olhar, se ajusta. Passa a ser um de nós. O cara que viaja e volta. O cara que some e reaparece. O cara que mente e diz a verdade. O cara que tem certeza e tem dúvida. Ele, que desempenhou muito bem o papel que lhe cabia, que foi gigante quando era preciso. E, quando preciso, revelou que não sabia tudo, e que segue até hoje seu caminho ao nosso lado, sendo ora Golias, ora um humilde pastor.

Nosso pai.

(por Martha Medeiros – crônica publicada no jornal ‘O Globo’, agosto/2007

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A Importância da Capacitação


Se fala tanto em capacitação nos dias de hoje... e conclui qu capacitar-se é mesmo fundamental. Muitos defendem que a prática é que vale e que a teoria é bobagem, mas isso não é verdade. Em qualquer empreendimento de nossas vidas, em qualquer setor, percebemos que se ficamos só com a prática e nos esquecemos da teoria, embrutecemos... esquecemos das sutilezas da paciência, da perseverança e de não perder tempo com o que outros, antes de nós, já tentaram e não tiveram sucesso. Capacitar-se é aprender tudo o que já foi feito e não deu certo e aprimorar aquilo que já deu certo e pode através de nossas mãos melhorar ainda mais. Sozinhos não consiguimos visualizar a grandeza do saber... precisamos da mão do Mestre a nos aprimorar, afinando nossa capacidade, para que possamos extrair o que de melhor existe em nós. Deixo este texto par reflexão... é muito bonito!
O toque da mão do mestre
“Não temos em nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos nossas mãos.” (Friedrich von Schiller)


As pessoas sob influência de alguém que consegue capacitá-las são como folhas de papel comum nas mãos de um talentoso artista. Não importa do que foram feitas, podem transformar-se em tesouros.

O poema de Myra Brook Welch retrata esta idéia com muita propriedade:

Eu estava desgastado, ferido... E o leiloeiro achou que valia muito pouco
desperdiçar seu tempo com velho violino.
Mas o segurou sorrindo.

Por que estou sento ofertado, boa gente, gritou.
Quem começou o leilão para mim?
Um dólar, um dólar – ouvi dois?
Dois dólares, quem dá três?
Dois dólares, dou-lhe uma, três dólares, dou-lhe uma...
Três dólares, fechado... Mas não!

Do fundo do salão um homem de barbas grisalhas aproximou-se, pega o objeto,
soprando do violino a poeira. E afinou-lhe as cordas.
Ele tocou uma melodia, pura e doce, tão doce quanto o cantar do anjo.

A música cessou, e o leiloeiro, com uma voz tranqüila, diz baixinho.
- Quanto dou agora por este velho violino?, enquanto o segura em cima.
- Mil? Um mil, ou ouvi dois?
Dois mil, alguém oferece três?
Três mil, dou-lhe uma, três mil dou-lhe duas.
Fechado, disse ele.

A audiência aplaudiu, mas alguns gritaram,
- “Não entendemos bem.
O que mudou o seu valor?”
Num átimo chega a resposta:
- O toque das mãos do mestre.
Você tem o poder de tocar positivamente a vida das pessoas, você pode capacitá-las. Por simples definição, capacitar é influenciar outros com a finalidade de crescimento pessoal. É compartilhar experiências – influência, posição, poder e oportunidades – com outros, a fim de investir na vida deles para que possam atuar da melhor forma. É vislumbrar o potencial das pessoas compartilhando recursos com elas e mostrando-lhes que você acredita totalmente nelas.